O smartphone substitui a máquina fotográfica?

No Dia da Fotografia, o professor Jefferson Barcellos fala sobre as particularidades do dispositivo e as mudanças provocadas por ele

Os seres humanos, ao longo da história, sempre registraram os acontecimentos do seu dia a dia com imagens e, há quase dois séculos, o fazem através de fotografias. Mais do que um registro, pode-se dizer que elas representam a própria mudança de comportamento da sociedade. E essa evolução atravessou gerações até chegar no tão presente smartphone.

 

Em menção ao Dia da Fotografia (19 de Agosto), o fotógrafo e professor do curso de Jornalismo da Barão de Mauá, Prof. Dr. Jefferson Alves de Barcellos, comenta sobre as possiblidades que esse recurso nos proporciona.

 

Pesquisadores consideram que o francês Joseph Nicéphore Niépce foi o primeiro a ter êxito no registro de uma imagem fotográfica com sua Câmera Escura, em 1986. De lá para cá outras máquinas, cada vez menores, foram criadas, a fim de se ter mais praticidade na reprodução das imagens, até a invenção do celular.

 

Mas as transformações não pararam por aí. Segundo Jefferson, nos últimos 10 anos, o potencial que os celulares têm em fotografar cresce cada vez mais.

 

“As pessoas fotografam mais, desde as coisas simples até sofisticadas. Hoje, tem perfis de redes sociais dedicados às imagens produzidas por smartphones, que podem ser claramente tratadas como artes visuais, serem impressas e colocadas em uma parede.”

 

O equipamento sofisticado, que só profissionais da área tinham a habilidade de manusear, foi substituído por outro que fica 24 horas disponível no bolso, uma verdadeira extensão do próprio corpo do indivíduo.

 

Porém, o professor também destaca que esse ponto talvez não seja tão positivo, pois dá às pessoas a ideia de que os smartphones substituirão completamente o uso de câmeras fotográficas profissionais, o que para ele é difícil de acontecer, neste momento.

 

Isso é visível, por exemplo, no Fotojornalismo Esportivo, em que é preciso portar um equipamento que capture as imagens dos jogos, às vezes, a longas distâncias e em alta qualidade. Sendo assim, o profissional da área não consegue substituir sua máquina pelo celular. Contudo, Jefferson não descarta a possibilidade no futuro.

 

“Há toda uma construção ótica que as câmeras profissionais utilizam que você ainda não tem no smartphone, ainda que ele melhore a cada semestre. Porém, constantemente, você tem um lançamento com novas possibilidades. Então, pode ser que em algum momento ele substituirá”, finaliza.

ESCRITO POR
Nikolas Guerrero
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