Grupo de Estudos em Educação Interprofissional
Rua Ramos de Azevedo, nº 423 Jd. Paulista - Ribeirão Preto/SP - 14.090-180
Reuniões mensais, na última quarta-feira do mês.:
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Reuniões mensais, na última quarta-feira do mês.:
Líderes:
Prof.ª Dr.ª Juliana Pereira Machado - CBM
Prof.ª M.ª Ângela Massayo Ginbo - CBM
Prof.ª Dr.ª Fabiola de Arruda Leite - CBM
Grande Área: Ciências da Saúde
Especialidade: Medicina, Enfermagem, Biomedicina
Apresentação
A interprofissionalidade, ou colaboração interprofissional, envolve diferentes profissões de saúde e outras áreas, que atuam de modo integrado para resolver problemas complexos de cuidados ou fornecimento de serviços. Por meio de trabalho em equipe e comunicação interprofissional, volta-se para resolução de problemas e ações de melhoria na assistência com foco no paciente e no desenvolvimento dos membros da equipe. Na área da saúde, com problemas e tratamentos de alta complexidade, a comunicação interprofissional no trabalho em equipe, para tomada de decisão e gerenciamento de ações, precisa ser treinada e implementada na formação profissionais, e isso só se aprende praticando em equipes . Ademais, reconhece-se que o marco para a segurança do paciente, o relatório “To error is human”, de 1999, pelo Institute of medicine, se configura também no marco para o trabalho interprofissional e para a educação interprofissional, pois entende-se que profissionais que trabalham em equipes colaborativas erram menos. No contexto brasileiro, sobre a formação de recursos humanos em saúde, levantamento recente sobre a presença da educação interprofissional - EIP como componente curricular em instituições, revelou que a EIP com práticas de comunicação no trabalho em equipe ainda não é padronizada nos currículos de graduação. Dentre as experiências relativas à comunicação interprofissional no ensino superior brasileiro, o foco está na atenção primária à saúde, enquanto o ensino na atenção hospitalar permanece distante dessa temática. Até o momento, não há estudos disponíveis que abordem a educação interprofissional para as competências colaborativas e comunicação efetiva no contexto da assistência à saúde no trabalho em equipes interprofissionais para tomada de decisão, sobretudo em decisões clínicas de conduta frente a deterioração clínica de pacientes. o que justifica a proposição de um cenário de simulação que remeta ao cotidiano dos serviços hospitalares, onde comunicação interprofissional se faz necessária. Frente à necessidade de desenvolvimento de competências de comunicação interprofissional, este grupo visa construir e produzir conhecimento e evidências científicas sobre a EIP e estratégias de ensino para estudantes da área da saúde para que aprendam uns com os outros, sobre os outros, em colaboração, com foco no paciente, e assim, estejam preparados para compor equipes interprofissionais de alta performance nos cenários da prática do mundo do trabalho em que estiverem inseridos.
Objetivos
• Elaborar e implementar projetos de pesquisa na área da educação e da comunicação interprofissional.
• Desenvolver habilidades de pesquisa científica, em diferentes métodos, delineamentos de pesquisa e populações.
• Desenvolver habilidades de utilização de ferramentas de pesquisa científica, tais como busca e seleção amostral em plataformas específicas, utilização de bases de dados, bibliotecas e periódicos indexados, protocolos reconhecidos (PRISMA, STROBE, etc), entre outros recursos disponíveis.
• Desenvolver conhecimentos técnico-científicos em áreas correlatas do conhecimento.
• Aprimorar o desempenho acadêmico no contexto interdisciplinar.
Linhas de Pesquisa
Educação interprofissional: Como marco histórico, a Organização Mundial da Saúde - OMS (World Health Organization, 2010), propôs ações em Educação Interprofissional e Prática Colaborativa – EIP para promover a interprofissionalidade com impacto na assistência prestada. Destacou que a aprendizagem integrada e interativa, diálogos com estratégias de comunicação efetivas, apoiadas em sistemas de informação estruturados poderão favorecer a melhoria da assistência. Na mesma conjuntura, o Plano de Ação Global de Segurança do Paciente da OMS traz sua contribuição ao reforçar a importância do tema da comunicação segura e efetiva na formação dos recursos humanos em saúde.
Comunicação interprofissional e segurança do paciente: Iniciativas voltadas ao fortalecimento da EIP e da comunicação interprofissional têm sido fomentadas em nosso meio, dentre elas o Programa de Educação para o Trabalho em Saúde. Seu principal objetivo é integrar os saberes de diferentes cursos de graduação da saúde. Para garantir que a comunicação interprofissional repercuta na prática, é necessário que haja investimentos na formação dos futuros profissionais com a inserção da EIP no ensino das profissões de saúde.
Impacto das Atividades
Considerando a complexidade da saúde e a formação fragilizada pela educação tradicional segmentada em disciplinas, é premente que surjam iniciativas voltadas ao incremento da interprofissionalidade. Investir na formação e educação de futuros profissionais capazes de romper o paradigma uniprofissional, com vistas ao fortalecimento da comunicação interprofissional, é uma exigência em nosso meio. A proposição do GREIP é desenvolver produção científica e técnica para aprimoramento de competências voltadas à comunicação interprofissional a serem trabalhadas nos cursos de formação, de modo a favorecer o desenvolvimento pessoal e habilidades de trabalho em equipes, autonomia e construção coletiva como desdobramento da integração de saberes. Tais competências deverão favorecer o desempenho profissional dos estudantes, a medida que aprendem em equipes, estudam em equipes, produzem artigos científicos em equipes, com vistas a prepara-los para a integralidade do cuidado, premissa das profissões da área da saúde.
Normas do Grupo
• Participação nas reuniões presenciais e online, por pelo menos 12 meses. A frequência nas atividades deve ser de pelo menos 7 das 10 reuniões previstas no ano letivo).
• Contribuição direta e efetiva em atividades de pesquisa, como busca em bases de dados, leituras de material bibliográfico, redação de artigos científicos, coleta de dados primários, entre outros.
• Interação no grupo em plataforma de conversas, para otimização de atividades pertinentes aos projetos em andamento.
• Produção de pelo menos 1 artigo científico ao final de 12 meses, como autor principal, ou coautor colaborador.
• Colaborar em projetos de pesquisa de modo ativo.