Grupo de Estudos em Alimentação, Sexualidade e Estigmas
Rua Ramos de Azevedo, nº 423 Jd. Paulista - Ribeirão Preto/SP - 14.090-180
Reuniões serão segunda-feira (quinzenal): 16h15 às18h15
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Reuniões serão segunda-feira (quinzenal): 16h15 às18h15
Líderes:
Profa. Me. Gabriela Cristina Arces de Souza - CBM
Grande Área: Multidisciplinar
Especialidade: Comportamento Alimentar, Obesidade e transtornos Alimentares, Sexualidade, Estigma.
Apresentação
A alimentação está envolta dos mais diversos significados, que vão muito além do âmbito biológico. Alimentar-se abrange desde características socioculturais, ambientais até experiências individuais associadas à subjetividade do sujeito. As práticas alimentares e a forma como os sujeitos se relacionam com o hábito de se alimentar envolvem: identidade cultural, a condição social, a religião, a memória familiar, época, gênero, sexualidade, crenças, pressão estética e estigmas. Tais fatores podem afetar negativamente o comportamento alimentar, ocasionando em restrições, compulsões alimentares, transtornos de imagem corporal, transtornos alimentares e reforçando a gordofobia e estigmas que envolvem diversidade corporal, de gênero e racial. Dessa forma, profissionais nutricionistas e demais profissionais da área da saúde devem estar em constante atualização sobre esta temática, com o objetivo de proporcionar um melhor cuidado integral em saúde, uma vez que essa é a realidade do mercado de trabalho atual.
Objetivos
• Promover um espaço de diálogo e construção de saberes sobre comportamento alimentar, obesidade, transtornos alimentares, sexualidade e estigma;
• Produção de pesquisas e materiais referentes à prática nutricional envolvendo as temáticas do grupo;
• Propor uma ação anual, em forma de projeto de extensão, envolvendo as temáticas do grupo, como transtorno alimentar, prevenção de obesidade na comunidade, etc.
• Realização de eventos acadêmicos para divulgação científica dos resultados das pesquisas do grupo.
Linhas de Pesquisa
Comportamento Alimentar: O comportamento alimentar pode ser definido como o conjunto de procedimentos relacionados às práticas alimentares de grupos humanos (o que se come, quanto, como, quando, onde e com quem se come; a seleção de alimentos e os aspectos referentes ao preparo da comida) associados a atributos sócio culturais, ou seja, aos aspectos subjetivos individuais e coletivos relacionados ao comer e à comida (alimentos e preparações apropriadas para situações diversas, escolhas alimentares, combinação de alimentos, comida desejada e apreciada, valores atribuídos a alimentos e preparações e aquilo que pensamos que comemos ou gostaríamos de ter comido).
Obesidade e transtornos alimentares: A obesidade tem sido vista como um problema de saúde pública. Uma das questões que que recentemente emergiram são as consequências do reconhecimento da gordura como um processo patologizante e estigmatizante. No GEAS serão produzidas pesquisas que proporcionem um novo olhar sobre a pessoa com obesidade.
Os transtornos alimentares são doenças psiquiátricas que convergem na área da nutrição e precisa ser vista com o olhar da interseccionalidade (considerando as relações de variáveis como gênero, classe e etnia) para que o acompanhamento, abordagem e tratamento sejam mais acolhedores e eficientes. Pesquisas do GEAS serão direcionadas sob essa perspectiva.
Sexualidade: A sexualidade é inerente ao ser humano e a nutrição, por olhar a pessoa sob a perspectiva biopsicossocial, precisa considera-la tanto do ponto de vista da interseccionalidade quanto da especificidade. Pesquisas no GEAS serão conduzidas para acolher tal aspecto e considera-lo para uma nutrição mais eficiente.
Estigma: Estigma é a marca excludente que determinadas situações, condições e pessoas carregam. A nutrição sob o olhar da interseccionalidade precisa entender o estigma como um processo social que priva determinados grupos de um acolhimento nutricional afastando-as do cuidado em saúde. Pesquisas no GEAS serão conduzidas com este embasamento teórico.
Impacto das Atividades
Os alunos que participarem do DEASE terão a oportunidade de conhecer e de se aprofundar na temática da nutrição inclusiva. Esta é definida como “a forma de exercer a profissão de nutricionista utilizando todos os recursos disponíveis para promover a inclusão, a saúde e a segurança alimentar e nutricional de Ambiente alimentar doméstico e pessoas em situação de vulnerabilidade, por meio de ações oportunas e ajustadas às singularidades desses sujeitos, tendo como base o acolhimento, o respeito à diversidade, a acessibilidade e o estímulo à autonomia” (Bagni et al. 2023).
Além disso, o aluno será estimulado a produzir e publicar pesquisas com esta temática, bem como materiais de suporte para essa prática inclusiva, para a instituição mas também para a sociedade, contribuindo para uma nutrição acessível e benéfica para a população brasileira.
Normas do Grupo
Serão disponibilizadas 20 vagas para discentes da Barão de Mauá de todos os cursos, sendo 10 vagas exclusivas para alunos de nutrição, 8 distribuídas para demais cursos e 2 vagas externas.
• Para participar o aluno deve preencher o formulário de inscrição; escrever uma carta de motivação, apontando os motivos que o levam a ingressar no grupo e o seu envolvimento e interesse na temática, e também, apresentar um currículo/portifólio.
• As inscrições serão realizadas através do envio da documentação acima no e-mail gabriela.souza@baraodemaua.br.
• O aluno deverá obter frequência mínima de 75% para receber a certificação de participação. Para os alunos que não puderem participar presencialmente, mediante justificativa plausível, poderá haver transmissão síncrona online.
• Sobre a produção de pesquisas:
Os alunos que se interessarem em iniciar pesquisa nessa área devem entrar em contato com o professor líder do grupo e juntos construírem o projeto de pesquisa.
• Toda pesquisa realizada no grupo deve ser submetida a publicação em revista científica ou congresso científico da área.
• Ao final do semestre, os alunos deverão produzir um trabalho científico que poderá ser realizado de modo individual ou colaborativo. Os trabalhos serão avaliados conforme os conceitos A (excelente, com consistência teórica e temática e inovações para solução de problemas profissionais da saúde), B (suficiente, necessitando ajustes) e C (insuficiente). Receberá certificado apenas o estudante que obtiver conceitos A ou B.